Este blog foi criado pelas alunas do Curso de Extensão Mediadores de Leitura na Bibliodiversidade- EAD-UFRGS. Os componentes são Joanesilda Stuker de Vargas, Mara Christiane Gonzatto Schmitt, Rosângela Schroer Becker, Nara Christina Gonzatto de Oliveira, Aline Costa. Pólo Três de Maio- RS.

Educação

“A educação é um ato de amor, por isso, um ato de coragem."Paulo Freire

quarta-feira, 1 de junho de 2011

American Gothic

Grant Wood está ligado à América profunda, a que o viu nascer. A sua temática é rural, mas mostrada através de uma opção estético-artística que vai buscar claras influências aos clássicos, especialmente aos grandes mestres flamengos, fruto de uma viagem pela Europa. Nos seus quadros, podemos ver enormes paisagens de campos de cultivo ou smalltowns rurais e antiquadas, além de retratos de gente ligada à agricultura. Quem já viu o encantador "Uma História Simples", de David Lynch, saberá do que estou a falar... Por vezes, parece que Wood queria preservar a identidade rural perante a inevitável invasão mecânica; noutras, dava a impressão de acreditar que a ponte entre essas dois mundos era, ainda, possível. Um dos seus quadros mais famosos, “Stone City, Iowa”, reproduz esta ideia na perfeição. Mas, o mais famoso, sem qualquer dúvida, é “American Gothic”, um quadro mil vezes glosado… Aí, um casal de agricultores personifica a “pureza” das gentes, a rectidão do seu estilo de vida e dos seus valores. Um apelo às origens como local onde se poderá encontrar a felicidade na vida. Aliás, se bem repararmos, os personagens quase fazem lembrar os “pioneers” que desembarcaram do Mayflower, em Plymouth Rock, ou os amish, que renegam todo o tipo de "civilização"...











Cá estou eu, a ver-te tão bela
Pergunto-me qual seria a realidade
De poder te olhar
Sem ao menos fugir dos teus preceitos
Tão bela quanto o sol do amanhecer
Tão bela quanto o dia que amanhece
Não sei se posso dizer
Mas estar ao teu lado
É como estar ao lado de uma flor
Que distante está
E que não posso ao menos ver
Não estou aqui para julgar
Apenas para amar
Apenas para sonhar
Quem dera eu, estar ao seu lado
Neste imenso vazio, neste imenso lugar
Que algo vem a contar
Será sonho? Será realidade?
Só mesmo o amor
Do sol que brilha com ardor
É que vai dizer
Se seu amor
Vem a mim com fervor.